Doenças
Vírus do Nó Curto ou Urticado
Embora de capital importância, a doença do vírus do nó-curto encontra-se debelada na região, não só pelo maior controlo sanitário ao nível dos viveiros e pelas acções de melhoramento genético no material de propagação, mas também pelo maior conhecimento técnico quanto aos riscos de contaminação pelo solo.
A presença de nemátodos no terreno, dos quais o Xiphinema index e X. italiae são vectores do vírus do nó-curto, leva à adopção de medidas profilácticas como sejam, preconizar um período de pousio de 5 anos ou mais aos terrenos que tiveram vinha infectada, e nesse período de tempo proceder a culturas sachadas ou ainda usar herbicidas para controlar as infestantes hospedeiras dos nemátodos. A luta química por desinfeção do terreno com produtos nematodicidas não é permitida em protecção integrada, dada a elevada toxidade desses produtos.
Os muitos sintomas desta doença são particularmente caraterizadores, muito embora se possam manifestar isoladamente: deficiente crescimento dos entre-nós, nós duplos, fasciações dos ramos, deformações em zig-zag, gavinhas desenvolvidas no entre-nó e coladas a este, folhas assimétricas, com seio peciolar em chaveta, dentes compridos e agudos, porções de limbo da página inferior na página superior, desdobramento de nervuras (folhas duplas), diminuição dos ângulos entre as nervuras (folhas em palmeta) e desavinho completo ou parcial dos cachos. Destes sintomas, os passíveis de confusão com outro tipo de sintomas, são os das folhas assimétricas em palmeta e dentes aguçados, próprios também da carência de zinco e da acção de herbicidas hormonais.
Como forma de controlo é pois de salientar o uso de material vegetativo certificado, devendo os garfos ser de origem clonal ou então colhidos em cepas isentas dos sintomas referidos.