27 junho 2023Depois de termos partido do Porto, em direcção a terras de Monção e Melgaço, numa rota de dois dias pela Região dos Vinhos Verdes, no segundo dia deixámos o Hotel Monte Prado e, seguindo a EN202, em paralelo ao Rio Minho, continuámos até sul de Melgaço. Aqui, encontrámos a EN101 que liga Valença a Mesão Frio, uma via concluída em 1983, em tempos considerada uma das mais bonitas estradas nacionais. Na altura, foi vista como uma via estruturante pela ligação estratégica de 4 distritos do Norte, bem como de 6 dos maiores rios nortenhos: Douro, Tâmega, Ave, Cávado, Lima e Minho - todos eles com a sua importância para Região dos Vinhos Verdes.
Uma prova vertical no Palácio da Brejoeira
Na mesma via, na sequência de uma longa reta, uma placa dourada marca o início da povoação de Pinheiros, cuja principal referência é uma das icónicas propriedades ligadas ao vinho em solo nacional, o Palácio da Brejoeira.
Já o vimos representado centena de vezes, nomeadamente na imagem reproduzida no rótulo do emblemático vinho que leva o seu nome e de que é o seu maior embaixador. Porém, não é por isso que deixou de nos impactar, ao aproximarmo-nos do local. Cruzados os portões, percorrendo os jardins, as suas alamedas e visitando a grandiosa construção em estilo neoclássico, do início do séc. XIX, ficámos com a sensação de termos recuado no tempo.
Da riquíssima história do lugar e dos seus vários proprietários, destaca-se Hermínia Silva d'Oliveira Paes, que recebeu o Palácio da Brejoeira de seu pai, como prenda do seu 18º aniversário. D. Hermínia, que ali viveu até aos 97 anos (faleceu em 2015), foi uma grande impulsionadora da plantação de vinha na região, nomeadamente de Alvarinho, casta a que dedicou toda a área de vinhedo, mais precisamente 18, dos 28 hectares da propriedade.
Notícia completa 'Mesa Marcada': https://mesamarcada.com/2023/06/26/do-palacio-da-brejoeira-a-quinta-do-tamariz-na-rota-dos-vinhos-verdes-parte-ii/